As Irmãs da Providência

‘As Irmãs da Providência’ nasceu em 2006, na cidade de Campinas (SP), como resultado inesperado dos encontros dominicais entre alguns amigos que então estudavam na mesma universidade. Em meio a macarronadas e caipirinhas decidíramos formar uma banda de “sei lá o quê”.


O que em princípio parecia ser um grupo de música instrumental (algo entre o rock alternativo e o samba rock), logo passou a incorporar, e nunca mais deixou de ser assim, uma infinidade de interesses e direções inusitadas: electric folk, flamenco, Clube da Esquina, as cantorias das Igrejas caipiras, prog rock, música árabe, klezmer, Cartola, The Pentangle e por aí vai.


E, na verdade, o que deu abertura à exuberância tumultuada de tantas possibilidades foi certa dica que um amigo nos deu: “Já pensaram em colocar letra nesse som que vocês fazem?”. Quando ouvi algo assim da boca dele, eu que jamais me assanharia a escrever sequer dois versos para casar com música, senti um raio me partir ao meio e o vaso de uma revelação se arrebentar dentro de mim: transformar aquilo tudo, que desvairadamente pulsava, em canção. E, a partir daí, isso é o que amarraria todas as tentativas do grupo e também nos daria o norte de nossas aventuras musicais: mergulhamos na tradição dos cancionistas, misturando e subvertendo um pouco a figura do cantor/compositor-brasileiro, a banda de rock, o trovador/aedo de outrora e o curandeiro/cantador das tribos recônditas.


Passamos por altos e baixos, formações de banda que variaram entre nove e cinco integrantes, momentos de maior ou menor coesão sonora e entrosamento, mas sobrevivemos à incerteza inicial e nos afirmamos como um conglomerado cujo grande amor e o máximo prazer estavam estampados na misteriosa, simples e ao mesmo tempo complexa, relação entre sons/ritmos/ideias/imagens/palavras que constitui as canções. Aliás, é importante dizer que agregar outros musicistas e cancionistas vindos de meios e experiências diferentes, participações especiais (mesmo!), sempre nos fez a cabeça e ajudou a dar o tom desse fazer que para nós está mais próximo da noção de um coletivo de criação/oficina-de-canção do que daquele conceito (um tanto mais restrito) de “grupo de música popular”.


-- Piérce Willians, 21/6/2012



Bruno Trochmann

Violoncelo, bandolim, bouzouki e simulador de mellotron

Caiame Pataca

Violão, voz, baixo, diapasão e simulador de mellotron

Caluã Pataca

Baixo, guitarra e simulador de mellotron

Gabriel Edé

Voz, violão, baixo e simulador de mellotron

Manuela Romeiro

Voz, violino e simulador de mellotron

Piérce Willians

Voz, violão, tin whistle e simulador de mellotron



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